As organizações modernas enfrentam desafios cada vez maiores para manter a governança corporativa e o compliance alinhados com as melhores práticas do mercado. Com o avanço da globalização e o aumento da complexidade dos ambientes regulatórios, a necessidade de estruturas sólidas que promovam a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa se torna indispensável para garantir a sustentabilidade e a criação de valor a longo prazo.
Neste cenário, as normas ISO 37301 e ISO 37000 surgem como ferramentas estratégicas que auxiliam as empresas a implementarem sistemas de gestão eficientes e robustos.
Este artigo apresenta, de forma objetiva, as principais diferenças entre essas duas normas, destacando como elas se inter-relacionam para transformar a cultura organizacional e promover a excelência na gestão.
A governança corporativa é um sistema de relacionamento baseado em quatro pilares fundamentais: Transparência, Prestação de Contas, Equidade e Responsabilidade Corporativa. Em essência, ela consiste em um conjunto de princípios, propósitos e valores que regem as organizações, visando proporcionar sustentabilidade e gerar valor a longo prazo.
Segundo o IBGC, as boas práticas de governança convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses para preservar e otimizar o valor econômico da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão.
Na prática, a boa governança cria um ambiente onde as pessoas procuram, voluntariamente, cumprir as regras estabelecidas, tomando decisões que favorecem o interesse coletivo a longo prazo.
A palavra compliance vem do inglês “to comply”, ou seja, agir conforme o que é ordenado. No ambiente empresarial, compliance significa obedecer às obrigações legais e normativas, sejam elas mandatórias ou voluntárias.
Mais do que uma atividade operacional, o compliance é um direcionador estratégico que impulsiona a cultura organizacional, estimulando condutas éticas e o comprometimento com a conformidade das leis e das normas internas.
Ao implementar um programa de compliance efetivo, a organização não só garante o cumprimento das obrigações, como também promove uma transformação cultural por meio da adoção de práticas que evidenciam o comprometimento com a ética empresarial.
Governança Corporativa e Compliance possuem uma relação de interdependência. Enquanto a governança estabelece os pilares — transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa — o compliance atua como o principal instrumento para sustentar esses pilares.
Por meio dele, a organização demonstra, de forma documental, a adoção de boas práticas de gestão e o exercício efetivo do controle interno.
Essa integração é essencial para aprimorar a cultura organizacional, melhorar os processos decisórios e conferir maior credibilidade e reputação à empresa. Para saber mais sobre como estruturar um sistema de compliance robusto, confira nosso artigo sobre Certificação ISO 37301.
O ano de 2021 marcou um momento importante para a governança corporativa e o compliance com o lançamento de duas normas:
Lançada em 13 de abril de 2021, a ISO 37301 estabelece os requisitos para a implementação de sistemas de gestão de compliance. Ela define um conjunto de elementos inter-relacionados — políticas, objetivos e processos — que permitem à empresa demonstrar seu comprometimento com o cumprimento das obrigações legais e normativas.
Um sistema eficaz, conforme essa norma, gera evidências objetivas do comprometimento da organização e adota as melhores práticas de mercado.
Publicada em 14 de setembro de 2021, a ISO 37000 fornece orientações para o exercício da boa governança nas organizações. Essa norma é direcionada especialmente à Alta Direção e aos Órgãos Diretivos, destacando a importância de uma supervisão eficaz por meio de controles internos. Para a ISO 37000, o exemplo deve vir de cima — o “tone at the top” é fundamental para criar uma cultura organizacional ética.
Entre os 11 princípios orientadores da ISO 37000, destacam-se:
Essas diretrizes reforçam que, para atingir uma boa governança, a organização deve ser dirigida, supervisionada e responsabilizada por alcançar seu propósito.
Como vimos, não é possível falar de governança corporativa sem mencionar o compliance. Esses dois elementos estão intimamente interligados e formam uma verdadeira relação simbiótica. A implementação dos pilares da governança depende diretamente da eficácia dos mecanismos de compliance, que asseguram o cumprimento das normas e a promoção de uma cultura ética.
Acreditar no poder das pessoas e na liderança pelo exemplo é fundamental para promover a transformação organizacional e social. Gostou do post? Aproveite e navegue por nosso site para entender ainda mais!
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